Por Rafael Vasconcelos
A realidade da quadrilha de hoje é o que vem acontecendo com tudo o que um dia fora cultura popular, de massa; virando elite. O que antes era uma representação folclórica da cultura local de cada região do Brasil, hoje vemos estes manifestos se esvaírem dando lugar às plumas e paetês.
A moda do novo século é luxo. Este luxo está presente tanto nas manifestações modernas quanto nas mais antigas, a quadrilha, por exemplo.
O carnaval que outrora fora uma brincadeira onde a população saia às ruas fantasiadas e cantando marchinhas, hoje temos mega eventos em locais próprios, como o Anhembi e a Márquez de Sapucaí. Não o bastante com o passar dos anos surgiu então a Micareta. O velho e bom carnaval pernambucano se tornaram num evento de axé, trance, rock e pop. O que antes era de graça, hoje se paga quantias absurdas por um abadá para fazerem parte da chamada Pipoca.
Assim vem sendo com a quadrilha que da cultura junina regional, escolar e caseira; passou a ser um evento de grandes lucros como em Caruaru, onda há a maior Festa Junina do País.
Com isso vemos o folclore do nosso país morrer para se tornar uma representação cultural milionária. Portanto cabe a cada um de nós, mesmo em meio a esta “matança” folclórica, divulgarmos e vivenciarmos a cultura como de fato ela sempre foi. Passando de geração em geração e não deixando de organizar a Confraternização Junina nos bairros e escolas, para que desta forma a quadrilha ainda possa manter-se viva do jeitinho como ela veio ao mundo.
0 comentários:
Postar um comentário