Os Substitutos
O filme mostra um futuro não muito distante, no qual as pessoas vivem através de perfeitos substitutos controlados a partir do conforto e da segurança de suas casas, uma espécie de Avatar. Após o filme formei uma roda de conversa com os adolescentes (nove alunos), e perguntei sobre o que eles haviam absorvido do filme. A principio nada ocorreu. Um olhava para o rosto do outro e diziam coisas que realmente faziam parte da história, mas ainda não era o que eu gostaria de trabalhar. Foi então que abordei a auto-negação.
Expliquei que muitas vezes a verdade está na nossa frente, mas como mecanismo de defesa o ser humano tem muitas vezes por hábito a auto negação, ou seja, não querer encarar a realidade e enxergar o que está diante dos nossos olhos. Dei um exemplo presente na realidade deles, as drogas. A primeira defesa apresentada ao usuário de drogas é dizer que não está viciado e que consegue e pode parar com o consumo sempre que quiser, o que não é verdade. Depois vem a auto negação da família. Muitas vezes a família é alertada, porém preferem acreditar que o que dizem não passam de boatos. Usei como exemplo neste caso a novela Passione (REDE GLOBO, 2010), explicando a abordagem realizada em cima da mãe de Danilo (Cauã Reymond) dependente químico, interpretada pela atriz Maitê Proença que se nega a encarar a realidade de que o filho é usuário de drogas.
O filme mostra a situação de um casal que perdeu o filho. Após a morte da criança, os pais se escondem atrás de seus substitutos, avatares, para amenizar a dor e não querer encarar a realidade da perda. Durante o bate papo os próprios alunos passaram a dar exemplos vividos por eles mesmos, ou por supostos "amigos".
O resultado final foi satisfatório e encerrei a aula com a sensação de ter conseguido atingir o objetivo da aula.
Fica a dica aos educadores.
0 comentários:
Postar um comentário