LETRAMENTO DIGITAL

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Prêmio Multishow 2010

Por Rafael Vasconcelos

2010 foi “contemplado” com a 17º edição do Prêmio Multishow, tendo como candidatos ao prêmio, “ilustres” nomes importantes para a nossa Música Popular Brasileira.

Todos sabem do meu apreço gigantesco por aquela que considero ser o Cazuza de saias, Maria Gadú. Estreante no prêmio, ela conseguiu desbancar Nx Zero e Pitty, o que é muito válido se tomarmos como base a inteligência musical dos jovens do novo milênio. Não sou um crítico de música e tão pouco um estudioso da área, mas dentre os contatos que tive com os álbuns lançados neste ano de 2010, eu classifico sim, e, acho merecível o prêmio ganho de melhor álbum. Em pouco tempo Gadú conseguiu deixar sua marca no cenário musical atual com lindas canções como, Linda Rosa, Altar Particular e Cila. Vale-se destacar também o dom em que ela apresenta em reeinventar canções como Baba Baby, Doce Mel e a regravação “gracinha” de Quando Você Passa (Turu Turu), gravado originalmente por Sandy e Jr. Em tempo, Shimbalaiê não chegou a se tornar um Arrastão, mas ficou na boca do povo, povo este que escolhem os melhores da música, os deputados, governadores...

Assim como Gadú, a segunda premiação da noite foi para os estreantes no Prêmio Multishow, Vitor e Léo. Dupla sertaneja de pouco mais de 3 anos de sucesso absoluto no Brasil, mostram a cada álbum a seriedade de seu trabalho. Para mim, Vitor e Léo podem ser postos ao lado de Zezé di Camargo e Luciano a qual denomino, duplas da elite sertaneja.

Em seguida foram premiados Melhor Cantor e Melhor Instrumentista, Samuel Rosa (Skank) e Rodrigo Tavares (Fresno). Melhor cantor Samuel Rosa? O Skank já nem são mais uma banda bacana, já perderam o brilho a muito tempo. O que diria Vandré, Jair Rodrigues, Chico, Moacir Gomes, Paulo Molin, Nilton Mendonça, Roberto Amaral (...) E o que dizer de Pixinguinha, Areski, Nino, Pedrinho Mattar, Newton, Pirituba e tantos outros instrumentistas?

O que dizer do prêmio de Melhor Música? Recomeçar de Restart. Mas eu acredito e defendo de que seja exatamente isso de que precisamos, Recomeçar. Como eu queria ter vivido nos tempos da Rua da Consolação, em São Paulo, onde ficava o Cine Rio, que em 1959 foi transformado em Teatro Record; como eu gostaria de ver as premiações do Grill do Guarujá; a Tv Excelsior, auditório do Rio de Janeiro. E pensar que para Premiações do tipo já tivemos Chico Buarque, Meninos Cantores de São Paulo, Elis Regina, Maria Odette, Maysa, Leny Eversong, Geraldo Vandré, Hebe Camargo, paulinho da Viola, Waine Fontana, Gilberto Gil, Nara Leão e tantos outros na disputa dos saudosistas e não vividos por mim, Festivais da Música Brasileira da Tv Record.

E para deixar o evento ainda mais CULT, houve premiação para o melhor clip do TVZÉ, é isso mesmo, categoria TV Zé. Quem abocanhou esta invejada premiação, foi o ilustre Tiago Cardoso com o hit parade, As Máscaras de Claudia Leitte.

Veja você meu caro leitor, na categoria Revelação o meteoro Luan Santana desbancou Hóri. Para quem não entendeu eu irei repetir: categoria REVELAÇÃO, Luan Santana vence de Hóri.
Quem venceu quem?
OK, estou sendo bem crítico. Todos sabem que eu adoro Luan Santana e que acho que tanto o Hóri quanto seu vocalista Fiuk, é um peido bem fininho, ou seja, impossível de escutar; mas gostos particulares a parte e se tratando de Prêmio MPB, fica a questão: categoria Revelação quem é quem dentre a disputa? Ah, claro! Por uma fração de segundo eu quase me esqueci: na concorrência desta mesma categoria esteve o ASTRO TEEN, assim como o classificam, Lu Alone. Agora é sério: QUEM?
Na categoria Experimente (???) quem levou a melhor foram os Móveis Coloniais de Acajú. Marabrás deve ter se recontorcido nas cadeiras do Municipal.

E é claro que ela não poderia faltar! A poeta brasileira. A reencarnação de Vinicius de Moraes, nossa Clarice Lispector contemporânea; àquela que encheu a alma da MPB entre poeiras, berimbais metalizados, festas, arêres com um loby, um hobby, um love com você; e que agora nos presenteia com o ápice da Sinfonia, Acelera. Vevétinha, conhecida também como Ivete Sangalo. E com toda a sua meiguice mascarada, simpatia marketeira e narsisismo batento mais que lexotan, a mais nova representante da música nacional no exterior não pode comparecer ao 17º Prêmio Multishow da Música Brasileira. Calma! Ela gravou um vídeo agradecendo a todos os fãs pelo o bom senso apurado por votarem nela.

O prêmio de melhor DVD Musical foi dado a baianinha Pitty com Chiaroscope, um vídeo que mostra os bastidores da gravação do álbum Chiarouscuro. Quanta Chiarouspice. Mas a noite não foi 100% glamour para a rockeira do vatapá, pois quem levou o prêmio de Melhor Clipe foram os cuti cuti do NX Zero, com o vídeo de Espero a Minha Vez.

Na categoria de Melhor Cantora é ó-b-v-i-o que quem levou foi a veterana e rival de Jesus Luz, Ana Carolina. E não é que a simpática (somente no DVD) já acumula quatro prêmios somando-se ao deste ano? Ana Carolina também embrulhou em seu papel fuleiro os prêmios de 2000, 2006 e 2007.

Mas a premiação mais aguardada da noite foi a da categoria de Melhor Grupo, que foi decidida durante a exibição do evento. E o mega vencedor foi a banda Cine, deixando no pó NX Zero, Skank e Titãs. Banda Cine é o que há entre os grupos musicais do Brasil!




0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Colgate Coupons