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domingo, 7 de novembro de 2010

Arte Grega

Por Rafael Vasconcelos

Meu gosto pessoal pela arte grega se dá principalmente pelas artes plásticas da Grécia Antiga, que tinham basicamente duas funções: decorar a arquitetura da época e ou pedir-agradecer aos deuses do Olimpo.


            O que a deixa ainda mais interessante era a falta de distinção entre os conceitos de arte, isso se falando de arte greco-romana. Na escrita tanto o grego quanto o latim, a mesma palavra era utilizada para o trabalho em escultura, em olaria, em joalheria e ou pintura. Pois o mesmo termo, símbolo, significava a técnica, a habilidade ou uma espécie de conhecimento técnico. Tudo estava associado ao trabalho, à profissão.

            O artesão que executava um determinado trabalho, buscava sempre a perfeição, o conhecimento. Partindo deste precipício, a arte era uma habilidade que poderia ser aprendida e aperfeiçoada.

Um fato curioso deste período é que para os gregos antigos, a música e a poesia, por exemplo, eram classificados em outra categoria de atividade, quase que numa definição do que hoje chamamos de arte. Tratava-se de atividades que não resultavam apenas de uma habilidade específica e sim de um talento pessoal, único, exclusivo de um individuo.

Fora isso, em sua grande maioria as esculturas tinham como finalidade o religioso, ou seja, não eram classificados como obras de arte. Os relevos utilizados então, eram para decorar os templos e os altares com um único objetivo: narrar os mitos. O mesmo era válido para as ânforas que podiam trazer em suas pinturas cenas mitológicas ou simplesmente cenas do cotidiano.

Outro fato que muito me atrai é em relação aos romanos e a arte grega. Pois os romanos, quando dominaram o Império construído pó Alexandre o Grande, acabaram absorvendo a cultura grega, também chamada de helênica. Sendo assim, muito do que sabemos hoje sobre a arte grega chegou até nós por meio dos objetos produzidos e muitas vezes copiados pelos próprios romanos. Ou seja, somos totalmente dependentes da arqueologia para que possamos entender essas sociedades e culturas tidas como berço de nossa civilização. Infelizmente a música se perdeu, até onde se sabe não há nenhum resquício dela, nenhum registro.
Foi graças ao teatro que a poesia da época chegou até nós. Segundo especialistas o que sobreviveu em relação aos textos teatrais, poesias, é em torno de 10% do que foi produzido neste período. Os textos narrativos por sua vez, conseguiram resistir ao tempo. Textos estes considerados os mais antigos da civilização ocidental, em forma de versos, que são os poemas épicos atribuídos a Homero, autor de a Ilíada e a Odisséia, onde são relatados, por exemplo, a vitória da Grécia contra os Troianos, narrando a incrível jornada do Herói Aquiles, Helena, Paris e o cavalo de Tróia, o símbolo mais conhecido até hoje desta epopéia.

Outro ícone que não pode deixar de ser citado, ícone este do desenvolvimento artístico grego, são os inúmeros vestígios de mármore e cerâmica, com o qual se faziam as famosas esculturas.
 
 

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