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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Querido John

Sou mega suspeito em falar sobre Nicholas Sparks, visto que o tenho como um dos meus ídolos literários. Querido John não foge da linha romance água com açucar - característica do autor. Mas esta história em especial, é muito especial. Uma história sem final feliz, mas ao contrário do que se pode pensar, o leitor não encerra a obra com a sensação de frustração. Pelo contrário. O leitor fica tão apaixonado quanto um "Viveram felizes para sempre."


Em Querido John  o jovem indomado John Tyree ingressa nas Forças Armadas, depois de uma longa e difícil convivência com o taciturno pai. Aliviado por sair de casa, ele vê o mundo se desdobrar diante de si, com milhares de novas perspectivas, antes ausentes de sua existência.

Ao aproveitar sua primeira licença em visita ao pai, em Wilmington, ele conhece Savannah Lynn Curtis, depois de um incidente com sua bolsa, a qual ele resgata e, depois de posar como herói, é convidado pela garota a se juntar ao seu grupo de amigos, em um churrasco. Um vínculo instantâneo se estabelece entre ambos e eles não conseguem mais ficar distantes um do outro.

Mas o tempo passa e, apesar de acreditar ter encontrado a mulher de sua vida, John é obrigado a retornar para o Exército, após duas semanas de intenso relacionamento afetivo. Savannah promete esperar sua volta, depois do término das obrigações com as Forças Armadas.

O que os dois amantes não podem imaginar é que um único dia e os terríveis eventos que ele testemunha, o fatídico 11 de setembro, quando os Estados Unidos sofrem um inesquecível atentado terrorista, mudará tudo também em suas vidas. Entre o que sente pela mulher amada e as dívidas que assume, a partir de então, com seu país, John é obrigado a fazer uma escolha que pode abalar definitivamente seu relacionamento com Savannah.

O jovem se alista por mais dois anos e o intercâmbio de cartas entre ele e a amada vai adquirindo uma tonalidade menos apaixonada, e as mensagens vão se espaçando, o que pode levar ambos a crer que a conexão entre eles não é intensa o suficiente para transcender o tempo e o espaço e mantê-los unidos.
Ao contrário das histórias de amor tradicionais, John e Savannah não são exatamente almas gêmeas, o que não os impede de constituir uma dupla admirável. Com o tempo, porém, as distinções entre eles ganham força, impulsionadas pela distância. O enredo atinge o ápice quando ele, o jovem rebelde e às vezes rude, recebe uma carta definitiva da garota espontânea e cheia de sonhos. Esta última mensagem pode mudar tudo entre eles. Não é difícil para o leitor, nesse entremeio, se identificar com alguns dos personagens.

Para quem assistiu ao filme, apenas, digo: esqueçam a história que o cinema lhe mostrou. Querido John é a pior adaptação já realizada para as telonas, na minha humilde opinião. No cinema, a história de John e Savannah, bem como os demais personagens que os acercam, foram deturpados, bem como a história em si. No filme há detalhes que não são originais da obra de Nicholas Sparks, como a salvação de John por uma moeda. Minha decepção e indignação quanto a adaptação se dá pelo fato de que, é perfeitamente normal elementos serem cortados, em se tratar de cinema, mas daí a deturpar a história e o perfil psicológico dos personagens, para mim, é demais.

No livro Savannah é uma menina doce e apaixonante, bem como John. Porém o filme não explora esta doçura de Savannah, não faz com o que o expectador torça pelo casal como faz o livro. Sendo assim, quem assistiu apenas ao filme, não sabe da bela história que é Querido John.

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