Por: Rafael Vasconcelos
A não aplicabilidade de processos comunicativos relevantes no ambiente das organizações, principalmente em situações complexas, leva a reflexão de um novo conceito de comunicação organizacional, visto que, o papel da comunicação e da informação neste ambiente tem despertado o desenvolvimento de diferentes enfoques conceituais e teóricos.
Em pleno século XXI faz-se necessário entender a complexidade que envolve a informação e os processos comunicacionais na gestão estratégica das organizações, devido ao novo perfil dos profissionais em que o ritmo é mais acelerado se comparado ao século passado. Sendo assim, as organizações têm a necessidade de buscar novas lógicas de gestão para enfrentar a competividade, ou seja, ser inovadoras, criativas e dinâmicas. Diante desta realidade competitiva é importante obter a informação e a comunicação como instrumentos e processos poderosos para a realização das potencialidades estratégicas, para que haja ampliação e integração das estruturas organizacionais, uma vez que estas – as estruturas organizacionais – desenvolvem funções, tomam decisões e estabelecem contatos com clientes, fornecedores e parceiros. Logo, é de extrema importância/necessidade que as organizações repensem e aprimorem seus referenciais teóricos e metodológicos tradicionais.
Uma organização é muito mais que um grupo compostos por especialistas que trabalham em conjunto numa determinada tarefa, é unidade coletiva de ação formada para perseguir fins específicos, dirigida por um poder que estabelece a autoridade determinando assim o status e o papel dos membros nela envolvida.
A comunicação organizacional é abrangida por todo o tipo de organização social, podendo ser ela pública ou privada. Dentre as abordagens dominantes no âmbito da comunicação empresarial, a empresa deve ter como objetivo primordial a busca pela melhor mensagem e meio de estabelecimento de contatos com o público alvo. A ênfase que era dada à produção mudou-se para a ênfase ao consumidor, ou seja, a empresa deve estabelecer uma comunicação direta com a comunidade, cliente, agentes governamentais, fornecedores e com todos aqueles agentes que também atuam nesse universo ou rede.
Importante salientar que não há organização sem uma prática comunicativa. A comunicação é essencial para a operação da entidade e está intimamente vinculado às formas de significar, valorizar e expressar uma organização.
Diante desta realidade globalizada a nova configuração macroeconômica, lida com públicos em demandas não só de produtos e serviços, como também de diálogo. Com isso o papel esperado da comunicação vai muito mais além, servindo de suporte para um modelo de gestão bem estruturado.
Conclui-se então que a comunicação nada mais é do que a necessidade dos seres humanos de se comunicarem por meio de um diálogo argumentado, pois estas argumentações são formas comunicacionais quase que extraordinárias, pressupondo muito mais que os relacionamentos humanos. Desta forma, a comunicação assume um papel abrangente, fazendo referência a tudo que envolve desde seu clima interno até as suas relações institucionais. Portanto, não PE mais possível conceber e executar planos, projetos e programas isolados de comunicação institucional, é de extrema importância a integração de todos os setores da organização, envolvendo todos os seus participantes para uma boa estratégia comunicacional/empresarial.