LETRAMENTO DIGITAL

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Volta as Aulas

O ano mal começou e já estou na ativa. Peço desculpas pelas ausências de postagens, mas é que a última coisa que está sobrando a mim neste momento, é o tempo! As aulas estão me consumindo de uma maneira, que desde o início das mesmas eu não tive mais vida social.

Muitos me perguntam sobre a diferença do colégio publico ao colégio particular.
Em se tratando de alunos, é a mesma coisa. Claro que no colégio particular não há desrespeito, não há aluno que bate de frente com professor (mesmo eu nunca tendo passado por isso mesmo no colégio publico), e há um suporte extremamente válido - PAIS.
Mas em se tratando de estudo não há diferença, tanto em um quanto no outro "o pouco caso" é o mesmo.

A diferença maior de uma instituição particular, são as partes burocráticas. Tem de se fazer semanalmente um planejamento de aula para entregar à coordenação, relatório de tudo o que é dado em aula, relatório de cada atitude do aluno... Relatório para tudo. E isso consome demais o tempo do professor.

Para se ter uma noção, eu saio do colégio e vou para a minha casa. Ao invés de descansar ou fazer coisas particulares, tenho de preencher relatórios e preparar aulas e mais aulas. Diferente do estado, no colégio particular o professor não pode aplicar o que ele bem entender. Há uma sequência a ser seguida e mais do que isso, a aula convencional deve ser dinâmica.  Difícil é aplicar dinâmicas e trabalhar em grupo, com salas que não possuem o menor senso de colaboração.

Mas enfim... Estou amando minhas classes, e problemas "atitudinais" encontraremos sempre, não importa a origem da instituição, ou seja, pública e/ou particular.

Este ano aceitei mais um desafio - trabalhar com o Fundamental I.
No início eu pensei em recusar por não ser este o meu perfil de público (5 a 10 anos). Mas vou confessar: Está sendo maravilhoso trabalhar com os pequenos. O rendimento da aula é de 100%, a participação é de 100%, a aceitação deles é de 100%... Eles são meigos, carinhosos, amigos e cúmplices. Bom seria se todas as séries fossem assim.
Os pequenos mantém aquele respeito a imagem do professor, eles idolatram a figura do professor. E não há nada mais gratificante do que sair da sala sobe as falas "Fica mais teacher, please. Queremos mais aulas com você. Por que o teatcher não pode vir todos os dias?" - Isso é no mínimo mágico. E são momentos como estes que eu paro e penso: "Obrigado meu Deus pela sabedoria de ter escolhido tal profissão e dom para saber lidar com ela".
No final das contas, descobri um novo profissional em mim e digo mais: é agora que eu farei pedagogia mesmo, e investirei nos pequenos. No Fundamental I você se sente um PROFESSOR!

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